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12/09/2018

PMO viabiliza aulas de equoterapia para alunos da AADF


Por meio de verba da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Ourinhos, 16 crianças e adolescentes atendidas pela AADF (Associação de Assistência ao Deficiente Físico) estão recebendo, desde março, a oportunidade de adquirir mais autonomia e desenvolvimento psicomotor através do projeto de equoterapia desenvolvido pela Associação Hípica de Ourinhos.

O equitador Marcelo Santos explica que os alunos atendidos possuem diferentes tipos de deficiência física e psíquica e o contato com o cavalo proporciona a recuperação da conscientização corporal, equilíbrio, aumento de confiança, entre outros benefícios. Segundo ele, o tempo médio de tratamento varia de seis meses a um ano, de acordo com avaliação médica. As aulas ocorrem de segunda a sexta em três horários e aos sábados no período da manhã. “Os cavalos que usamos tem andadura. Não é cavalo de marcha, pois precisa ter movimentação tridimensional que serve para o mesmo movimento que a gente usa para andar. Nem a fisioterapia e nem a máquina mexem com tantos movimentos do corpo igual ao cavalo”, destaca.

João Paulo Aroni, fisioterapeuta da Associação Hípica, explica que o termo equoterapia é patenteado pela Associação Nacional de Equoterapia, de modo que todo centro que trabalha com o tratamento precisa seguir a doutrina preconizada pela entidade. “Na tentativa de buscar mais recurso terapêutico para essas crianças e adolescentes, foi montada essa hípica. Já faz 30 anos que ela existe, mas só agora, com apoio do poder público, conseguimos tornar real essa possibilidade para crianças e adolescentes da AADF.”  

Para João Paulo, a importância do tratamento está na reabilitação física para quem possui atraso de desenvolvimento motor ou alguma sequela de paralisia cerebral. “A reabilitação dos atrasos motores são o ápice do tratamento das crianças com o cavalo. Nosso município é muito pobre em recursos terapêuticos e as parcerias com órgãos públicos são eminentes e necessárias. É um tratamento multidisciplinar e importante. É por isso que associação nacional de equoterapia preconiza que, para realizar esse trabalho é preciso ter uma equipe básica mínima com fisioterapeuta, instrutor de equitação e um equitador”, completa João Paulo.

Os resultados do projeto têm impressionado Darlene Vicente Alves, mãe de Maria Luíza, 3 anos. “Ela está fazendo tratamento desde março e teve muita diferença desde que ela começou. Ela não conversava tanto, fazia todo o percurso e não conversava. Agora está super dinâmica. Não é só desenvolvimento motor, mas social. Eu fico muito satisfeita e feliz. O que faz bem para o nosso filho faz bem para nós”, relata.
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